Nos baixios da alma
Recolhi seixos e lembranças de amores perdidos.
Entrevi um mundo de perpétuo Amor.
Entrevi o retorno ao Éden da infância,
E, descalço, qual petiz trocista,
Ri a bom rir na companhia dos avoengos,
Gargalhei de calúnias e maldições,
Ao passar rente ao firmamento da consciência.
Hoje, árdua empresa, comecei a amar.
Custoso começo, este, ornado de dor e poesia,
Retornando sempre, no Retorno do Eterno,
À face dourada do Sol,
À face nocturna das estrelas da orbe celeste.