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terça-feira, 26 de março de 2024

O que só eu sei

O que eu sei e conheço,

Não devia ser de mortal,

Matéria de reflexão tampouco,

Pois da Grande Dor,

Apanágio dos Deuses,

O próprio Quíron,

Perceptor de semi-Deuses e Heróis,

Dela de tudo era ignoto.

Pois, assim, meros humanos,

Quero ser anelo de escultora

Que desbaste de mim o que de mais é,

Até me deixar puro e belo,

Como uma certa manhã de Abril,

Há cinquenta anos festejada,

Em que, livres do descontento,

Demos novos mundos ao mundo.

De tal que com vigor remoçado,

Frente-a-Frente com a Glória,

Corajosamente seguimos em frente,

De Clio recusando um lugar na História.