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sexta-feira, 25 de outubro de 2019

À beira-rio, em Tomar

À beira-rio, Amor, te canto,
Pleno de volúpia e pranto.
A meio do dia, Amor, te vejo,
Com olhos de águia, penetrantes,
Por amares aquele que assi invejo.

Cidade egrégia que, altiva, te ergues,
Por rio plácido és banhada,
Torna minha amada, pera mi, encaminhada,
Por mor de mi alegria, ainda que seja breve.

Ainda que breve seja alegria,
Ditoso tempo que, por ti, passarei,
Tal que, coroado, me veja rei,
De teu corpo e tu'alma, sempre mia.

Partirás, então, para sempre,
Deixando minh'alma sempre vazia,
E serás aquela por quem eu faria
O supremo deleite de ser contente.

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