07 janeiro 2020

Poema I

Estava meu corpo, absorto em sonhos,
Buscando palavras abstractas,
Quando a escandalosa carnalidade
De ti, mulher sobre o mundo,
Me tentou a molhar as mãos
No mar salgado das tuas alouradas ondas.
Onde tu?
Onde os sulcos do teu olhar?
Onde os socalcos do teu ser?
Onde a profundeza do teu âmago?
Onde a jovialidade do teu sorriso?
Busco, procuro o teu sortilégio.
Adivinho-o, sereno, nos interstícios da tua pintura,
Na Primavera da tua beleza,
No calor estival do teu ardor.
Na ânsia de todo o Cosmos percorrer
Até, após o êxtase, as confidências de amantes

Te retornarem à foto que de ti contemplo.

Sem comentários:

Enviar um comentário

comme je t'ai vu

quels arbres. nous nous élevons contre le ciel. qu'il soit bleu comme lui seul peut le faire. veut du plomb. quel jour pluvieux de prémi...