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sábado, 14 de julho de 2018

Escritos dispersos 22.04.2018

(Sem título)


Amada minha, fragor a jasmim
Mulher, que já flor deste contente,
Não esqueças, lá no Oriente,
Quem, para ti, fez, inútil, um jardim.


E caso não me dês favor de ti
Deixo-te estes singelos versos,
Se, por Destino, forem incertos,
Ora me lembrem o que em ti vi.


Já meu coração vai fenecendo,
Daquilo que em ti gesto era.
E, no coração, as cicatrizes,


quando o que de ti vou lembrando,
E, por gozo, Destino fizera,
Marca serão de dias felizes.



Por meu amor destinado


Furiosa Fera que m’abitas
Tornandom’a vida descontente
Permite-me, simples, paciente
Embarcar na nau q’agora fitas.


Acompanha esse q’ali embarca,
Por portaló passa triunfante
Eu que sou sua eternamente
Seu fio não deixes cortar à Parca


Acompanha-o nessa viagem,
Eu q’aqui fico com seu infante,
Noite e dia velando o céu.


Ajuda a ter mais coragem,
Em qualquer paragem distante,
E retorne da distância todo meu.

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