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segunda-feira, 20 de maio de 2019

O Parto


Sento-me à mesa, olho-me através da lupa do tempo que já passou da minha vida e vejo que:

O cimento vegetal
Das plantas vagas, Jogam jogos de doces,
Mendicantes de espírito e vida,
Quebrados pelo eterno refluxo
Desse tapete vivo
Que é o Mar Oceano.
Tapete de secretos compassos,
Que apenas Titãs e Titânides conseguem decifrar,
E cuja sapiência se esforçam
Dela o Homem instruir.

                Em vão? Nesta questão me detenho, tal como em todas as questões que alguma vez interceptaram a minha vida.
                Tudo o resto é chumbo, destinado a afundar-se nas profundezas da memória.
                E o coração? A metade viva, que ensina a fidelidade a si e, porque não o dizer, canta, compassadamente, a canção do nosso amor!!!

                E o corpo?
                Esse metrónomo da concupiscência,
Instrumento da descoberta erótica,
Do Outro e da Lei.
Lugar de recreação sensível,
E paragem do comboio do êxtase.


E, agh! Raios! E a fúria!!!

A Fúria.
A insanidade.
O bivaque. O bitoque.
Vivamos assim. Assim, como.
Como assim.
Pequenos e dispersos.

Chaque de nous un Cosmos qui danse autour le feu, jusqu’à devenir, nous mêmes, une explosion mouvante de haine et de rage et, ainsi, devenir. Devenir. Devenir une lumière, un phare. De toute façon la propre flame.
Comme les yeux de un tomber de jour tremblotant.
Et, ah, comme me fairait plaisir de te refuser, mon coeur. Et vivre la vie des poètes maudites, les gros vouleurs des pièrres du temple de Kali, la renverseuse mère de la ruine des peuples.

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