30 maio 2019

Parturiente


Estava a minha caneta, fecunda,
A destilar memórias de tinta,
Tal que resolvi escrever-te
Sobre a reserva da memória,
Nestas simples linhas,
Em que a clareza da página em branco
Se torna, necessariamente,
No gesto do teu corpo
Ao dares à luz uma nova vida.
Mulher-Mãe.
Perpétuo devir.
Sim. E sim novamente.
E nesse transcorrer do tempo,
Na queda da areia pela ampulheta,
Mede teu corpo a imensidão
Dos espaços virgens,
De um novo recomeço,
De uma nova promessa,
Renovada promessa
De um caminho silencioso.
Do caminho sempre por trilhar.

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