18 novembro 2019

Toda Tu


Toda tu és um poema,
A primaveril e cálida brisa, que,
No desabrochar da Rainha-da-Noite,
Envolve os corpos,
Correndo por e para ti,
No ardor do amor fértil.

Toda tu és a abrasadora brisa estival,
Que envolve os corpos,
Na fogosa madrugada
Em que grilos, ao desafio,
Cantam joviais orquestrações,
No amplexo da ternura e da paixão.

Toda tu és o fogo outonal
Com que se mascaram as folhas,
Caídos anjos das alturas que,
Embalados por turbilhões,
Rodopiam, alegres e errantes,
Peregrinos da eterna envolvência da paixão,
Improvisam coreografias,
Bailados de encanto e apaixonado abandono.

Toda tu és o invernal recolhimento,
O refúgio, o abrigo das intempéries,
Do vento gelado e da inclemência dos elementos,
Qual braseiro que aquece, pródigo,
Os corações ardentes dos apaixonados.


Toda tu és o zénite solar dos dias de céu límpido,
Toda tu és a lunar refulgência do mar, em noites de céu claro.
Toda tu és a musa destes versos, por quem meu peito arde e,
Por quem, eternamente inatingível, minha alma
Chora.

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