18 agosto 2020

desejo e volúpia



quero penetrar com meu desejo

os poros da tua sensualidade.

quero abrir de par-em-par

a porta das tuas traseiras

e, ali dentro, fazer jorrar

o quente e fértil líquido

que ombreie com tua imoral volúpia

de bela e desejável mulher.

desnudar-te a pouco e pouco

e em tua pela nua depositar beijos,

e em tua pele nua depositar carícias, ardores e lascívias.

com o instrumento da volúpia

cravado bem no interior de ti

tomar-te em meus braços de poeta

e fazer-te sonhar com paraísos reencontrados.

ser o divino sacerdote do desejo e

na tua boca introduzir a hóstia da masculinidade.

com minha destra língua

levar-te à loucura e a exigires, desejosa,

a consumação da carnalidade,

e seres, assim, depositária do fulgor de nossos corpos.

e após, fiquem eles, assim irmanados,

em tréguas momentâneas, planejando e antecipando novos enlaces.

assim te quero sempre ver,

mulher

de coração selvagem e espírito alegre,

disposta a sorrir, contente, 

a cada mútuo desafio do amplexo carnal.

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