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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Amada

Quando de cor souberes de Ovídio as Metamorfoses.

Quando estiveres lado-a-lado com o inefável,

E tua beleza me fizer cantar os versos mais doces,

Quando a canga fiduciária te pesar,

Como a fome de amor corrói as entranhas de todos os heróis malditos

E as palavras de pura poesia

Reverberarem nos incontáveis grãos de areia de todos os desertos.

Talvez.

Talvez compreendas a fugacidade de todos os espartilhos que te ornam,

De todas as canções que te loam, tal como esta o deseja,

E entendas a importância do que eu carrego,

Do amor que contigo desejo partilhar e,

Talvez teu generoso coração se condoa

Deste ser que, sem ti, infeliz erra no mundo.

E as eclusas da minha alma se abram,

Se soltem as amarras de todo o amor,

E me concedas o pendão de saber tua graça.

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