Se, do meu solilóquio, algo restar,
A altas horas cantado sob a tua janela virtual,
Que não apenas o deserto
Ou o mais provável opróbio
Que estas linhas em ti provoquem,
Neste estado em que me encontro,
De negras horas e amargurada
Desesperança de te não saber.
Envolto em solidão por te não poder ter cerca de mim,
Dá-me desse algo, presto sinal
Por que minha alma se remoce
E as afinadas cordas do meu ser
Alegres canções ressoem quando tangidas
Pela sensível mão do teu pressentido toque
E se desdobrem em incontáveis tangos,
Por nós dançados à luz das velas do amor.
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