25 agosto 2018

Para ti, desconhecida

Numa barca o 'stige atravessando,
Pela timoneira de Caronte,
De ti, anelo de pura fronte,
Por medo ao largo fui passando.

Sem, por ora, de ti mais saber,
Vou, aqui no Hades de mortas almas,
Do aio do Tebano as calmas
Narrações do Ítaco conhecer.

Já, ao longe, a lira de Orfeu
O cão dos Infernos vai calmando,
Em busca da Eurídice sua,

Quando aquele desejo for o meu,
Dez mil liras em concerto tocando
Celebrarão já a vida nua.

                                                     à Lurdes

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